segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

ERIK ERIKSON E O DESFRALDE



Por Volta dos 2 anos de idade, a criança passa a ter controle sobre vários de seus músculos, então passa a ter ações exploratórias de seu meio buscando autonomia. Porem, a sociedade onde ela esta inserida possui regras e geralmente estas ações exploratórias são podadas com NÃOS sonorizados pelas mães e  pais. É neste processo que as crianças começam a internalizar as regra, Erikson 1976, afirma que é ao ser incorporado estas regras que a criança equaciona a manutenção e o controle muscular.

Sendo assim o desfralde a partir dos 2 anos teria mais sentido devido a propriocepção maior de seus músculos e a capacidade de internalização de regras.

Neste processo de desfralde “surge”, a internalização do controle social e físico, implicando um aprendizado de quais são suas obrigações, seus privilégios, suas limitações...Surge também a capacidade e atitudes de julgamento, devido a aprendizagem das regras.

Para ensinar as regras de ir ao banheiro, no geral, os pais deveriam fazer uso de mecanismos ponderados de vergonha e  encorajamento. Na aprendizagem do controle, seja do autocontrole ou do controle social, temos o nascimento da força básica da vontade, que, manifestada na livre escolha, é o precedente essencial para o crescimento sadio da autonomia.(RABELLO E PASSOS 200X)


O mesmo autor cita possiveis efeitos colaterais de uma dificuldade no desfralde:

·         Ao expor a criança à vergonha constante, o adulto pode estimular o descaramento e a dissimulação, como formas reativas de defesa, ou o sentimento permanente de vergonha e dúvida de suas capacidades e potencialidades.


·         Se ao invés da vontade o controle toma a forma de uma regra a ser cumprida a qualquer preço, algo mau e perseguidor, a criança começa a se tornar legalista É quando a punição vence a compaixão


·         Se a criança se sentir envergonhada demais por não conseguir dar conta de determinada coisa ou se os pais reprimem demais sua autonomia, ela vai entender que todo o problema é dela, com isso, começará a ficar tensa na presença deles e de outros adultos, e poderá achar que somente pode se expressar longe deles.


·         Se é exigida demais, ela verá que não consegue dar conta e sua autoestima vai baixar.


·         Se ela é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de dúvida de suas capacidades.


·         Se a criança é amparada ou protegida demais,  tornando-se frágil, insegura e envergonhada.


·         Se ela for pouco amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades.


Para que as regras de ir ao banheiro sejam internalizadas é preciso ser consistente. Reforce todos os dias, e não mude as regras no fim de semana!Vemos que a escola tem sido uma auxiliadora durante a semana neste processo e que os pais tem confundido as regras durante os fins de semana retardando a internalização das regras não só físicas (autocontrole) mas também sociais.


 Observe os sinais que a criança dá, mostrando que esta percebendo o seu próprio corpo. Evite líquidos aos dormir, e de madrugada pelo menos até que a criança entenda bem o pocesso de ir ao banheiro. Acorde de madrugada para levar a criança ao banheiro se for preciso. Como pais é importante reconhecer se nossa criança precisa de mais ou menos autonomia para chegar ao resultado, se precisa de mais ou menos esforço positivo.... e assim por diante para que este processo se torne algo assimilado de forma rápida evitando os efeitos colaterais citados.


Vemos, portanto que os pais tem que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto, prontos a auxilia-la nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades. (RABELLO E PASSOS 200X)

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Texto e Compilação feitos integralmente pelos artigo de Rabello e Passos 200x - especificamente sobre a fase de : Autonomia x Vergonha e Dúvida.
Disponível em:http://www.josesilveira.com/artigos/erikson.pdf

Quem foi o estudioso e psicanalista infantil Erik Erikson, leia aqui





 
 
 

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