terça-feira, 24 de novembro de 2015

Adivinha o que eu disse!


Um código só poderá ser entendido no momento que lhe for dado um significado.




Você conseguiu ler o que esta na imagem acima? Vou dar uma dica, é uma palavra!

 

Apesar de estarmos nos referindo a decifrar um código escrito, isso basicamente pode ser utilizado também no código falado, onde a linguagem oral surge com a função de comunicar, basicamente com seus semelhantes.

 O bebê mesmo sem a fala se comunica através dos tipos de choro, das expressões faciais e gestuais, por exemplo, mas esta comunicação é interpretada pelos pais por que na cultura que estão inseridos o choro tem significado.Este papel dos pais em significar as ações, do filho, são importantíssimas na formação e estruturação da linguagem.

 

Para que o individuo entenda o que é dito é preciso primeiro entender que, o que se diz tem significado.E como se entende isso? Bem é através da cultura onde estamos inseridos que passamos a entender e dar significados as coisas que vivemos.

 

Por exemplo, no Brasil, a nossa língua é o português e nossas palavras têm significados claros para os que vivem nesta cultura. Mas se falarmos português na china a nossa língua não tem um significado real para aquela cultura logo ela não será importante e não será absorvido pela população de lá.(ideia a grosso modo)

 

Quando o bebê cresce um pouco mais e balbucia, os pais logo dão significado aquilo e dizem que seus filhos já estão falando!Quando vocaliza /aaa/, os pais entendem água, oferecem água, com o tempo a criança entende que aquele som tem um significado e assim se segue a mágica da fala!

 

Pensando agora com os adultos, que já falam, se você fizer uma viagem a Arábia, apesar de a sua estrutura linguística estar formada, isso não quer dizer que você entenderá o que é dito em árabe.Assim também com o bebê, ele nasce com a estrutura mas ele não entende o sentido do que é falado, ou expressado,são as experiências vividas que trarão estes significados.

 

Podemos dizer que é a inserção dela em um mundo que fala que lhe dará um feedack para que isso ocorra. Quanto mais significado e trocas de experiências, emocionais, táteis, gustativas..., expormos as crianças, mais ricas será esta linguagem por que, a linguagem não se resume só a fala, é “qualquer modo de expressão”.

 

Por isso, se uma criança esta em um ambiente com pouco estimulo, a linguagem dela será proporcional.

 

E como trabalhar na linguagem da criança?

Muito simples, tenha empatia! Apesar de parecer que tudo no bebê acontece automaticamente, isso não é bem verdade como já comentamos anteriormente.

 

No momento que passamos a enxergar o bebê como individuo que aprende, e vemos que ele esta em formação passamos a entender que as coisas que ele faz, ou não faz, muitas vezes não são provocações, eles não estão tentando te estressar, eles estão fazendo porque ainda não entenderam o significado do que querem, ou do que queremos que eles façam.

 

Se você chega à frança, e alguém diz /PAS/, se você não sabe Francês, você não entenderá o que ele diz, e logo continuará fazendo o que estava fazendo, ou vai ficar parado olhando para quem falou e tentar entender alguma coisa com a expressão corporal.

 

Logo se você diz para o seu bebê NÃO, ele não sabe que /NÃO/ tem significado de negação, que é um conceito abstrato, isso se adquire com o tempo. Inicialmente o bebê entende coisas concretas que são mostradas a ela.

 

É aí que entra a empatia, quando você se coloca no lugar de alguém que não entende, que esta aprendendo um novo idioma, você vai tentar no mínimo expressar melhor o que diz, utilizar gestos, figuras...tudo isso vai deixando o ambiente  rico de estímulos.

 

É importante lembrar que não é porque ele ainda não aprendeu que deixarei que faça o que quiser, porque ele só vai entender se eu continuar insistindo, e mostrando que aquilo tem significado.

 

Os pais tem que entender que eles são os primeiros professores na vida de uma criança e que isso não pode ser terceirizado em uma escola.

 

A criança como um indivíduo em formação, esta passando por muitas coisas pela primeira vez, é importante dar tempo e “explorar” para que ela conheça as coisas que a cercam, vivenciando experiências.

 

É por isso que ela tira os livros do lugar, os CDs da estante, os plásticos das gavetas... Ela quer conhecer e aprender! Separe tempo para estar com ela e mostrar estas coisas, mostre o que é dela e que ela pode mexer, ensine o limite entre o que é permitido e o que não é.

 

Foque nas coisas que ela pode fazer, em vez de dizer não a tudo e a toda hora.

 

Você gostaria de ouvir não toda hora? Quando chegamos a um ambiente novo exploramos com os olhos, por que aprendemos que não podemos mexe em tudo, os bebês exploram com todo o corpo e ainda não aprenderam sobre o que é meu e o que é do outro.

 

Enfim, divagamos por muitos temas por que a linguagem não é só oral, a linguagem esta presente em tudo no nosso dia a dia, ela esta ao nosso redor e dentro de nós.

 

Pontos para fixar:

 

-Tenha empatia

-Enxergue o seu bebê como um ser que aprende

-Seja professor, ensine coisas ao seu bebê/criança (de acordo com a idade que ele tem)

-De significado as coisas que o seu bebe faz

-Permita que o seu bebê explore o ambiente (supervisione-o, pois tudo vai parar na boca)

-Evite falar a palavra não toda hora, em vez disso diga o que o pode fazer.

-Mude o foco daquilo que ela quer fazer e que você não quer que ela faça, proponha uma nova atividade.
 
 

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Por: @taisfga

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