Um código só poderá ser entendido no
momento que lhe for dado um significado.
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Você conseguiu ler o que esta na imagem acima? Vou
dar uma dica, é uma palavra!
Apesar de estarmos nos referindo a decifrar um
código escrito, isso basicamente pode ser utilizado também no código falado, onde
a linguagem oral surge com a função de comunicar, basicamente com seus
semelhantes.
O bebê mesmo
sem a fala se comunica através dos tipos de choro, das expressões faciais e
gestuais, por exemplo, mas esta comunicação é interpretada pelos pais por que
na cultura que estão inseridos o choro tem significado.Este papel dos pais em
significar as ações, do filho, são importantíssimas na formação e estruturação
da linguagem.
Para que o individuo entenda o que é dito é preciso
primeiro entender que, o que se diz tem significado.E como se entende isso? Bem
é através da cultura onde estamos inseridos que passamos a entender e dar significados
as coisas que vivemos.
Por exemplo, no Brasil, a nossa língua é o
português e nossas palavras têm significados claros para os que vivem nesta
cultura. Mas se falarmos português na china a nossa língua não tem um
significado real para aquela cultura logo ela não será importante e não será
absorvido pela população de lá.(ideia a grosso modo)
Quando o bebê cresce um pouco mais e balbucia, os
pais logo dão significado aquilo e dizem que seus filhos já estão
falando!Quando vocaliza /aaa/, os pais entendem água, oferecem água, com o
tempo a criança entende que aquele som tem um significado e assim se segue a
mágica da fala!
Pensando agora com os adultos, que já falam, se
você fizer uma viagem a Arábia, apesar de a sua estrutura linguística estar
formada, isso não quer dizer que você entenderá o que é dito em árabe.Assim
também com o bebê, ele nasce com a estrutura mas ele não entende o sentido do
que é falado, ou expressado,são as experiências vividas que trarão estes
significados.
Podemos dizer que é a inserção dela em um mundo que
fala que lhe dará um feedack para que isso ocorra. Quanto mais significado e
trocas de experiências, emocionais, táteis, gustativas..., expormos as
crianças, mais ricas será esta linguagem por que, a linguagem não se resume só
a fala, é “qualquer modo de expressão”.
Por isso, se uma criança esta em um ambiente com
pouco estimulo, a linguagem dela será proporcional.
E como
trabalhar na linguagem da criança?
Muito simples, tenha empatia! Apesar de parecer que
tudo no bebê acontece automaticamente, isso não é bem verdade como já
comentamos anteriormente.
No momento que passamos a enxergar o bebê como
individuo que aprende, e vemos que ele esta em formação passamos a entender que
as coisas que ele faz, ou não faz, muitas vezes não são provocações, eles não
estão tentando te estressar, eles estão fazendo porque ainda não entenderam o
significado do que querem, ou do que queremos que eles façam.
Se você chega à frança, e alguém diz /PAS/, se você
não sabe Francês, você não entenderá o que ele diz, e logo continuará fazendo o
que estava fazendo, ou vai ficar parado olhando para quem falou e tentar
entender alguma coisa com a expressão corporal.
Logo se você diz para o seu bebê NÃO, ele não sabe
que /NÃO/ tem significado de negação, que é um conceito abstrato, isso se
adquire com o tempo. Inicialmente o bebê entende coisas concretas que são
mostradas a ela.
É aí que entra a empatia, quando você se coloca no
lugar de alguém que não entende, que esta aprendendo um novo idioma, você vai
tentar no mínimo expressar melhor o que diz, utilizar gestos, figuras...tudo
isso vai deixando o ambiente rico de
estímulos.
É importante lembrar que não é porque ele ainda não
aprendeu que deixarei que faça o que quiser, porque ele só vai entender se eu
continuar insistindo, e mostrando que aquilo tem significado.
Os pais tem que entender que eles são os primeiros
professores na vida de uma criança e que isso não pode ser terceirizado em uma
escola.
A criança como um indivíduo em formação, esta
passando por muitas coisas pela primeira vez, é importante dar tempo e “explorar”
para que ela conheça as coisas que a cercam, vivenciando experiências.
É por isso que ela tira os livros do lugar, os CDs
da estante, os plásticos das gavetas... Ela quer conhecer e aprender! Separe
tempo para estar com ela e mostrar estas coisas, mostre o que é dela e que ela
pode mexer, ensine o limite entre o que é permitido e o que não é.
Foque nas coisas que ela pode fazer, em vez de
dizer não a tudo e a toda hora.
Você gostaria de ouvir não toda hora? Quando
chegamos a um ambiente novo exploramos com os olhos, por que aprendemos que não
podemos mexe em tudo, os bebês exploram com todo o corpo e ainda não aprenderam
sobre o que é meu e o que é do outro.
Enfim, divagamos por muitos temas por que a linguagem
não é só oral, a linguagem esta presente em tudo no nosso dia a dia, ela esta
ao nosso redor e dentro de nós.
Pontos para fixar:
-Tenha empatia
-Enxergue o seu bebê como um ser que aprende
-Seja professor, ensine coisas ao seu bebê/criança
(de acordo com a idade que ele tem)
-De significado as coisas que o seu bebe faz
-Permita que o seu bebê explore o ambiente
(supervisione-o, pois tudo vai parar na boca)
-Evite falar a palavra não toda hora, em vez disso
diga o que o pode fazer.
-Mude o foco daquilo que ela quer fazer e que você
não quer que ela faça, proponha uma nova atividade.
Por: @taisfga
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